quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Viagem doida...


Queria por algo íntimo, como, algo que eu esteja sentindo. Escrevi algumas coisas que fazem o tipo "estou com pena de mim!" achei tão cafona, e resolvi não postar.

Então lembrei que teve uma época em que sair de casa era como entrar em um buraco negro, me sentia como o Alex do laranja mecanica depois que volta do centro de reabilitação...
Eu brincava de me esconder atrás alguém...

Funcionava assim, eu escolhia uma pessoa, de preferencia gorda ou alta, e ia andando atrás dela o máximo de tempo que podia, era como um escudo contra os olhares dos outros.


Quando a pessoa ia por um caminho que não era o meu, me sentia nua, sabe? Precisava buscar outra pessoa pra seguir, o mais rápido possível. Alguém em quem eu pudesse me esconder do mundo, e ao mesmo tempo viver... só viver sem ser percebida!


Nessa época eu ouvia Silverchair, eu vivia trancada no quarto... eu havia me conformado com o fato de não gostar de mim... e havia me convencido que suicidio era cafona, e drogas dão dor de cabeça e fome rsrs
Derrepente, tudo volta a incomodar um pouco. me pergunto se isso é porque ando precisando escutar Janis Joplin no vinil e fazer amor depois de tomar um vinho e fumar unzinho.
Ou será que tudo esteve flutuando por um tempo, e agora sim voltei a tocar o chão?
De todo modo, as borboletas da barriga me tiraram dos dias tristes... é uma forma de me amar também!
Ps:. algumas desculpas rolaram por eu ter retalhado meu cabelo... e até culpados foram apontados... mas eu sei da verdade, e ele, meu cabelo, também sabe! Sinto falta dele tocando minha cintura! O bom, é que a parte morta do nosso corpo sempre cresce... ao contrário do resto, ao menos o meu resto só cresceu até 1,53cm!


Um comentário: