domingo, 12 de setembro de 2010

5 x Favela: sempre fomos nós mesmo...

Leon Hirszman

Um dos meus diretores favoritos do cinema novo.
O primeiro filme dele que vi foi “Que país é esse?”. Um filme de 77 que pôs o dedo na ferida, ditadura. Tanto quando a música do Legião... ao meu ver, a música é um ótimo espelho do filme, ambientada, é claro, na sua época.

A contribuição de Hirszman para o “Cinco vezes favela”, episódio “Pedreira de São Diogo” de 62, é um dos vários filmes dos quais sempre ouvi falar, mas não pude assistir.
Quem sabe agora, que falar de favela voltou a moda, as salas de cinema não possam resgatar os episódios que perdemos.

Não entendi exatamente, o fato do novo “Cinco vezes favela” ter em seu subtítulo “Agora por nós mesmos”. Será que o cinema novo não estava falando por nós mesmo?
De fato não moro em favela, mas já fui em uma buscar uns “brinquedos” e mesmo os que não “brincam”, falo pelos cariocas, são da favela, fazemos parte disso! Achamos balas perdidas em nossos corpos, em nossas paredes...

Bom, o que eu penso de fato é: mais um filme que, já em seu título, separa o morro do asfalto. Em linhas gerais, digo com todas as letras NÃO VI E NÃO GOSTEI.
Nada contra os novos diretores, imagino que deva ser um bom filme, eu verei... mas o título já pecou. Nós mesmos, não somos índios, que vão aos museus de ciências naturais, corrigir as exposições. Nós mesmo, somos vizinhos de quarto.

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