sábado, 11 de setembro de 2010

Poesia zero

Pensei em por aqui, uma das muitas poesias que eu pensei ter feito anos atrás.
Lendo os velhos papéis escondidos em uma velha caixa de sapatos em baixo da minha cama, percebi que o que fiz não foi poesia, e sim um readymade, assemblage ou qualquer coisa que sirva de união entre produtos industriais, papéis colados e o efeito do tempo.
Não sabem como o tempo trabalhou nesta caixa de sapatos...
e nos papeis dentro dela, nos cadernos e cartas de amores antigos.
Eu não assisti o tempo trabalhar sobre a minha caixa, só notei a diferença... e ainda há mais por vir
Eu não assisto o tempo trabalhando sobre meu rosto... e ainda há mais por vir.
O mais estranho foi que eu não senti o tempo trabalhando dentro de mim, e lendo o que escrevi percebi o quanto eu mudei... e ainda há mais por vir...

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